janeiro 25, 2009

Entre gostos e feitios

Imagem: "Maize" - fresco de Diego Rivera no Palácio Nacional da Cidade Mexico.

*Originalmente, os Aztecas bebiam o cacau diluído em água - bebida, aliás, de elite, só consumida por governantes e soldades para lhes conferir vigor físico. A esta primeira mistura juntavam também especiarias (malaguetas, canela, baunilha, pimenta...) e, por vezes, farinha de milho (boa ideia!), para espessar o líquido.
Daqui saía o famoso xocoatl: o que na língua nauatle significa "água amarga" (xoco=amargo; atl=água).

*Entre figuras históricas, contaram-se ilustres apreciadores de chocolate (com quem eu certamente faria amizade, questões políticas à parte...): Napoleão Bonaparte, Maria Teresa da Áustria (verdadeiramente adoradora, segundo consta), Stendhal, Goethe e Voltaire. E, enfim, recorrendo a exemplos presentes, até Madonna se apoia no fiel cacau para ganhar energia diária...

*Em tempos, atribuíam-se características medicinais ao chocolate (por ser amargo e forte): chegou a ser usado no tratamento de gota, ressacas e até tuberculose! O que não constou é se teria grande efeito...

*Actualmente, o maior produtor de cacau do mundo é a Costa do Marfim, que detém 40% da fatia de produção mundial (v. CAOBISCO, Associação das Indústrias de Chocolate, Biscoitos e Confeitaria da UE). Entre os principais fabricantes destacam-se os Estados Unidos, com uma fatia de 1,48% contra os belgas, por exemplo, que apenas compõem 0,16% do fabrico mundial de chocolate.

Aqui entre nós, esses 0,16% belgas são 200% melhores...

Fonte: ORTEMBERG, Adriana, Paixão pelo chocolate, Círculo de Leitores, Lisboa, 2007.

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