novembro 30, 2008

Sabia que...?



  • Segundo reza a lenda, foi o Deus Quetzalcóatl, venerado por Maias e Aztecas, quem fez nascer na terra a planta do cacau. Um grande amigo dos humanos, portanto...

  • Em homenagem a este Deus (mais do que merecida!), preparava-se uma bebida feita a partir do grão de cacau, o "xocoatl";


  • O chocolate propriamente dito terá tido origem no Golfo do México (sempre achei que andava ali um bom povo), entre os Olmecas, quer terão usado o cacau pela primeira vez por volta de 1500 a.c.,, mas foram os Maias e Aztecas que aperfeiçoaram a técnica de extracção do cacau;


  • Foram os espanhóis que trouxeram o cacau para a Europa (alguma coisa tínhamos de lhes dever...). Quando Colombo chegou à América (na viragem dos séculos XV para XVI), o cacau servia de moeda de troca - era então considerado uma bebida afrodisíaca e ainda não lhe adicionavam açúcar... boa ideia!


  • O chocolate é um estimulante natural: contém teobromina, uma substância que estimula a produção de endorfinas (aquelas coisinhas que também produzimos quando fazemos desporto) e seratonina (um neurotransmissor) que dão sensação de bem-estar;


  • O chocolate ajuda, por isso, a reduzir o stress e a ansiedade;


  • Também é rico em proteínas, cálcio, magnésio, fósforo, ferro, vitaminas A, B, D e E.


  • Outra riqueza do cacau são os flavonóides, cujo poder antioxidante natural ajuda a prevenir o envelhecimento e doenças cardiovasculares. Há quem goste de se banhar nele em spas mas eu prefiro comê-lo...


  • A dose diária de chocolate recomendada (já se sabe, quanto mais escuro melhor!) é de 15gr - cerca de 3 quadradinhos.

Fonte: "Chocolate" in Timeout, n.º 61, de 26 Novembro-2 Dezembro 2008, p.15.

novembro 10, 2008

Notas e Aromas



Quando as notas e os aromas se confundem de tal forma… o resultado pode ser imprevisível…
Já adivinho as combinações que se podem fazer…

Qual será o chocolate ideal para “Goodbye Pork Pie Hat”?
aposto em algo com mais de 70% de cacau

…e Sweet Suite?? seguramente que o final implicará lamber os dedos….

outubro 12, 2008

Quem quer provar boas trufas de cacau?


Mais uma coisa boa (Belga!): Leonidas. Umas trufas de chocolate deliciosas, cremosas, cobertas de um cacau suave. Perfeitas! Difícil é não ser compulsivo...
Em Lisboa vende-se, pelo menos, no Café, Thè & Chocolat, no CC Amoreiras.

agosto 11, 2008

Grandes mestres cacaueiros mesmo aqui ao lado


Apesar de não fazer parte insistente do nosso quotidiano, assim como o café ou o chá, o chocolate tem vindo a instalar-se confortavelmente por cá. Bem acolhido, aliás, como é nossa tradição!

Em Beja, nasceu há já algum tempo um novo "templo" do chocolate, onde se fazem maravilhas de um cacau que, embora muito sério, chega até nós com um ar feliz e descontraído!
É o Mestre Cacau, cujas pepitas de cacau para fondue (apetece comê-las assim mesmo secas, como se fossem amendoins, durante uma viagem de carro ou no cinema...) , o bom 70% ou o chocolate de origem biológica, entre muitos outros, já fazem parte das delícias de muitos chocómanos. Alguns deles podem testemunhar aqui a alegria de um mestrezinho depois do jantar...

Entre as novidades, a fábrica do "mestre" criou os bombons com recheio de azeite... sim, à partida a ideia pode arrepiar... mas depois transforma-se numa experiência de suavidade, quando afinal se chega a um chocolate leve e cremoso, que se desfaz na boca e na imaginação...
é de provar e dar as boas vindas!

http://mestrecacau.pt/

agosto 02, 2008

A mais recente descoberta



Chama-se Claudio Corallo.
A boa notícia é que tem loja no Príncipe Real, em Lisboa!

julho 30, 2008

Para ter um laboratório, quero que seja para fazer chocolate


Os milagres da Ciência não começam nem acabam no Laboratório Químico, na Física Quântica ou nos grandes progressos da Medicina. Os milagres da Ciência começam e acabam no chocolate, que tanto desperta a curiosidade pelas qualidades químicas que possui e pela energia que produz como pelo impressionante rigor matemático com que determina o bom humor. Imaginando o laboratório perfeito, ele seria bem semelhante ao ainda hoje (incrivelmente) preservado laboratório químico do Museu de Ciência, em Lisboa, na antiga Faculdade de Ciências (e ainda mais antiga Escola Politécnica). Que bom seria ver, naquelas bancadas corridas, uma longa fila de frascos e frasquinhos cheios de extracto de cacau santomense, sais de semente de cacau, ou outras coisas tão bem imaginadas como poderosas. Tudo visto ao microscópio, devidamente catalogado e cientificamente nomeado, reuniria material digno de divulgação em conferências internacionais. Depressa se chegaria a uma nova teoria: E = mc2 sendo que E=Energia e mc=manteiga de cacau… Ou, sendo mais realista, já seria suficiente ter a boa e tradicional pasta de cacau, com um aroma intenso, disposta a diluir em si algum açúcar e lecitina de soja… depois era ver aqueles tubinhos a fervilhar com pequenos bonbons ou trufas cobertas com cacau em pó, criteriosamente guardado no armário mais alto, longe de apetites alheios… Definitivamente, para ter um laboratório, queria um de chocolate.

julho 17, 2008

Como descobrir o vício ou a simples urgência do sabor


Todos os apreciadores de chocolate guardam entre si um segredo: o do vício. Mas como vício é palavra dura, pouco digna, que parece degradar qualquer prazer, optam por mascará-lo de uma certa docilidade, dando-lhe outros nomes como “hábito”, “pequeno prazer” ou, a minha preferida: “ritual”.
Sejamos honestos: o chocolate vicia! Vicia, porém, com enorme grandeza e humildade…

Foi há cerca de um ano que me vi forçada a assumir o vício. Em viagem de férias aos Açores (experiência, aliás, equiparável ao prazer do chocolate), não me ocorreu levar provisões. Mas também, quem se lembra que tem vícios, perdão, “pequenos prazeres”, quando está de férias?

Erro meu.

Na segunda noite dormida em S. Miguel, fui assaltada por pequenos quadradinhos de
Noir de Noir (Pour Connaiseurs) e de um intenso Sensations 70%... um dia mais tarde, foi a vez do fino de chocolate preto com cobertura de leite (que demora uns vinte minutos a percorrer o paladar, da primeira sensação leitosa ao momento final de puro cacau…). Ao fim de 72 horas, já conversava com simpáticos pralinés durante toda a noite! Em todo este tempo, já a gotinha de suor corria junto à sobrancelha, insistia em adiar o regresso ao “ritual” (pois…) para o dia de chegada a casa.

Novo erro.

Na véspera de partir para Lisboa, e passando por uma estação de serviço da ilha, os meus olhos lançaram-se rapidamente sobre o expositor onde uma multidão de elefantinhos da Côte d’Or me pedia que os levasse. Num grito de surpresa (que penso ter sacudido de susto a vendedora...), exclamei já desesperada: “Chocolate! Preciso mesmo de chocolate!”. Caída em mim pouco depois, envergonhei-me, retraí-me outra vez e enchi-me de firmeza e coragem, acrescentando: “Mas só em Lisboa...”.

Chegada a casa, percebi que trouxera na bagagem a recordação da ilha mais bonita do mundo e uma certeza: a viagem pelo universo do chocolate só assegura bilhete de ida. Daí, nunca mais se regressa…

julho 10, 2008

Acabado de chegar

Aqui nasce um clube onde todos são bem vindos, dedicado a um dos maiores prazeres da Terra: o CHOCOLATE!

Não admira que os Maias e os Aztecas o confundissem com um alimento dos deuses... ou seria mesmo confusão?

Mais do que um universo de paladares, o chocolate é uma viagem de experiências pelos cinco sentidos: tem som, cheiro, cor, sabor e textura. É feito de qualquer coisa tão especial que conversa connosco, diz-nos como somos e é um incrível contador de histórias...

Provamos?